quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Suplementação e Exercicio Fisico


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QUINTA-FEIRA, 1 DE JULHO DE 2010

Suplementação e Exercicio Fisico

Os suplementos nutricionais destacam-se por sua função ergogênica no esporte de alto rendimento há várias décadas. Assim, seu uso por atletas é uma prática bastante antiga, contudo o consumo por parte dos praticantes de exercícios físicos, ou simplesmente alunos de academias, é bastante recente e aumenta a cada dia.
Nesse contexto, a suplementação não se encontra mais restrita apenas a atletas que visam melhorar a performance. Observa-se nos dias de hoje que a proporção de atletas que faz o uso de suplementos não é significativamente maior do que a de não-atletas.
Uma vez que são amplamente utilizados, muitas questões precisam ser esclarecidas sobre o consumo desses produtos, pois a suplementação realizada de maneira indiscriminada pode superar a ingestão diária recomendada e muitas vezes trazer alguns efeitos indesejáveis. Atualmente, ainda há uma deficiência de estudos baseados em fatos científicos. As pesquisas recentes apresentam vários argumentos que muitas vezes contrapõem as justificativas fornecidas pelos consumidores.
Contudo, recentemente foi ressaltada a importância da nutrição para o desempenho no esporte e programas de exercícios físicos e foi observado que a suplementação nutricional, quando bem utilizada, pode trazer impacto positivo aos usuários.
O uso adequado de suplementos nutricionais, orientado por profissionais qualificados leva aos melhores e mais consistentes resultados em diferentes objetivos: no controle de peso corporal, ganho de massa muscular e/ou melhora no desempenho. Entretanto, a busca frenética do "corpo perfeito" tem levado pessoas desinformadas a adotar estratégias radicais, que nem sempre estão relacionadas à promoção da saúde. Desde o surgimento de diversas "dietas milagrosas", como também o crescimento do consumo de suplementos nutricionais de maneira indiscriminada.
O mercado de suplementos nutricionais oferece uma série de produtos com funções específicas, por isso, é importante conhecer a composição e a indicação do produto antes de utilizar.
No momento da escolha do tipo de suplemento deve-se levar em consideração: o tipo de atividade física que o indivíduo pratica, o objetivo a ser alcançado, as características individuais do usuário e a dieta diária. Atletas com grande desgaste físico, como maratonistas e triatletas necessitam de um aporte de calorias e proteínas diferenciado. Para estes casos, a utilização adequada de energéticos, hipercalóricos e de suplementos protéicos é de grande utilidade. Atletas iniciantes ou praticantes de exercícios de academias devem fazer a suplementação aliada ao seu tipo de treinamento e ir modificando de acordo com o progresso físico que estiver sendo alcançado.
Não podemos esquecer, porém, que para escolher o suplemento que melhor se adapte ao seu caso é importante orientar-se com um profissional nutricionista, tendo em vista que o uso de suplementos é uma conduta posterior à adequação da dieta, de acordo com as necessidades individuais.
Sendo assim, não existem dúvidas acerca da importância da nutrição para o exercício físico. Entretanto, pode-se dizer que os progressos e o bom desempenho durante o treinamento compreendem, além da nutrição adequada, um bom programa de treinamento e um período suficiente de recuperação. A cada dia, novas teorias são descobertas e velhos conceitos deixam de ser utilizados.
Por fim, ainda é cedo para um posicionamento definitivo sobre o uso de suplementos nutricionais. Não se deve simplesmente condenar sua utilização ou fazer apologia incentivando seu consumo. É de fundamental importância que seja criada uma consciência crítica da real necessidade deste tipo de estratégia por parte de indivíduos fisicamente ativos (frequentadores de academias) que estão preocupados com a promoção da saúde e fins estéticos.

SEGUNDA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2010

Historia do Sumô

Um pouco de história no sumô


A origem do sumô confunde-se com a origem mitológica do Japão. Há uma lenda que nos tempos míticos, os deuses lutavam entre si. O sumô não era apenas um esporte, mas uma forma de prever se as colheitas seriam boas através das intenções dos deuses. Relacionado aos cultos animistas, o sumô manteve a forma e adquiriu regras para se desenvolver, sem perder as características iniciais.


O sumô chegou ao Brasil com os imigrantes no início do século 20. O primeiro campeonato da modalidade realizou-se na colônia de Guatapará, no interior paulista, em 1914. Em 1962, foi criada a Federação Paulista de Sumô, e em 1998, a Confederação Brasileira de Sumô. Em 2000, o Brasil sediou o Campeonato Mundial no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Foi a primeira vez que o torneio foi disputado fora do Japão.


Curiosidade


O sumotori Willian Takahiro Higuchi treina sumô há 16 anos. Campeão brasileiro e atleta da seleção brasileira em dois Mundiais, Higuchi observa que que é notável a presença de não-nikkeis no sumô. "Algumas equipes são formadas exclusivamente por ocidentais. Numa visão ampla, pode-se dizer que se já não são a maioria, são ao menos iguais em número. Uma curiosidade: a seleção brasileira júnior, que participará do Campeonato Mundial Juvenil em Tóquio, é formada por três atletas. Somente o reserva é nikkei", revela.

Dicas - Willian Takahiro Higuchi


Qualquer um pode praticar sumô.


Não há limites físicos, etários ou étnicos. Aquela velha história o lutador obeso não passa de mito, afinal a própria palavra "obeso", remete-nos à idéia de sedentarismo, o que obviamente não se aplica aos atletas. Isso é bem provado quando se observa um treino de sumô, tanto profissional quanto amador.



Para mim, uma das maiores barreiras para a popularização o nosso esporte é esse preconceito.


A mídia teima em passar uma imagem falsa, ignorante e até ofensiva do sumô: como um encontro brutal de massas gordas num espetáculo quase circense (vide o comercial da Kaiser, por exemplo). Ela despreza todo o valor cultural dessa arte milenar que, antes de tudo, é uma das raízes do povo japonês.


Portanto, é contra esse preconceito que convido vocês, jovens nikkeis, a lutarem conosco. Precisamos preservar nossas raízes.



Para praticar sumô basta entrar em contato com qualquer uma das entidades filiadas à Confederação Brasileira de Sumô (CBS).


Temos associações no Pará, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.


Termos - Willian Takahiro Higuchi


Existem muitos termos usados tanto no Brasil como no Japão:


Tachiai - Por aqui também chamado de "saída", é o momento que os lutadores partem um ao encontro do outro;Mawashi - A faixa utilizada na cintura pelos lutadores;Shikiri - A posição de ataque, largada, início de uma luta;Tawara - O circulo que limita a área de combate dos lutadores;Tirichyozu - O ritual antes da luta que simboliza a luta franca, sem armas.


São quase 100 golpes do sumô, que aparecem bem ilustrados no sitewww.sumo.or.jp, do Nihon


Sumo Kyoukai, que tem sua versão tanto em japonês quanto em inglês.


Saiba um pouco mais sobre as regras

O sumotori Willian Takahiro Higuchi explica algumas das regras, diferenças entre o sumô amador e profissional, as categorias, entre outros.


Categorias


Tanto no masculino como no feminino, a CBS adota a idade como limite das categorias até o juvenil, ou seja, até 19 anos completos. Para os adultos, é por peso.
Mirim (até 13 anos)Infantil (13 a 16 anos)Juvenil (16 a 19 anos)Adulto Leve (85 kg para homens e 65 kg para mulheres)Adulto Médio (85 kg a 115 kg para homens e 65 kg a 85 kg para mulheres) Adulto Pesado (acima da 115 kg para homens e acima e 85 kg para mulheres)Adulto Absoluto (sem limite de peso)


Existem pequenas alterações em torneios regionais e das federações, por conta da tradição. A divisão por peso é algo bastante recente, pois o sumô é tradicionalmente praticado somente na modalidade absoluta, assim como ainda ocorre no Japão.


Sumô profissional (da mais baixa para a mais alta):


Jyono kuchi Jyonidan Sandanmê Makushita Juryô Makuuchi


O Makuuchi é, por sua vez, dividido em:

Maegashira

Komusubi

Sekiwake

Ozeki

Yokozuna

Sumô profissional e amador


As regras são as mesmas, no entanto, elas diferem em alguns detalhes, principalmente nos referentes aos golpes proibidos. No amador, são proibidos o haritê, que é o tapa lateral no rosto do oponente, e o kawazugake, em que um lutador derruba para trás o outro, enroscando sua perna na do oponente de forma inversa. É difícil para nós, brasileiros, admitir a diferença tão grande entre o amadorismo e o profissionalismo que existe no sumô, afinal, não temos nenhum esporte em que ocorra tal discrepância.


O mundo profissional é cheio de tradições e costumes, que mesmo no mundo do japonês moderno é difícil observar, como o maguê (penteado), o yukata (a roupa usada por eles), ou até mesmo as relações pessoais e regras sociais, como a questão da honra, do respeito ao mais velho, a hierarquia, etc.


Cerca de 90% dos lutadores profissionais abandonam a carreira sem chegar ao juryô, categoria que antecede a principal. Chegar a ser yokozuna é uma façanha ainda mais difícil: 0,1%. No entanto, devemos considerar a grande diferença que existe entre o sumô profissional e o amador. O sumô mais praticado no Japão e no mundo é a modalidade amadora, afinal são menos de mil os lutadores profissionais.

Historia do Ninjutsu

HISTORIA DO NINJUTSU



A Historia do Ninjutsu Entrevista com Sensei Maasaki Hatsumi Segundo fonte de pesquisa, onde poderão ser esclarecidas algumas dúvidas sobre o surgimento e o desenvolvimento da antiga arte ..."Creio que o Ninpo _começa a comentar Hatsumi_ deveria oferecer ao mundo como uma nova via para todos os artistas marciais, já que todos os métodos de sobrevivência, assim como os exercícios mentais que se estudam no Ninjutsu, são de origem das artes marciais japonesas". ..."Na atualidade os praticantes de artes marciais somente podem absorver um mero treinamento, limitado a uns poucos grupos de técnicas musculares, já que seu sistema é muito reduzido.


Por esse motivo nunca conseguem essa iluminação pessoal que proporciona a utilização de uma arte marcial como um meio de vida". ..."Temos que experimentar o perigo enfrentando a ele _explica Hatsumi_ , já que a transcendência do medo ao dano ou a morte ativa o conhecimento do próprio poder pessoal e assim, o praticante de Ninjutsu pode ganhar força e a invencibilidade que lhe permitirá desfrutar de pequenos detalhes, como é ver uma flor movendo-se pelo vento, o amor dos demais ou o desejo da paz mundial. Esta qualidade perceptiva se desenvolve mediante a potenciação do chamado coração benevolente, muito mais forte que o amor em si, já que nele se inclui toda a justiça mundial". ..._Mestre, poderia nos explicar um pouco da origem de sua arte? ...


Soke: _Há diversas teorias sobre os começos do que hoje conhecemos como Ninjutsu e é difícil precisar que haja na realidade nas diferentes lendas, já que por suas características secretas e sua grande individualidade, nunca foi uma arte especificamente nem bem definida; inclusive tiveram que passar vários séculos antes de que se estabelecesse como um sistema independente. As pessoas que no princípio se conheciam como Ninjas se consideravam como meros praticantes de estratégias militares e religiosas, estando em oposição ao ponto de vista da classe nobre da sociedade da época. Por este motivo, o Ninjutsu se desenvolveu muito anárquicamente, já que se considerava uma contra-cultura em que a ética Samurai o proibiu.


Creio que esta foi a causa que levou suas origens a serem cobertas de mistérios, ocultações e confusões deliberadas. ...Numa lenda sobre a fundação da família imperial japonesa, que passou de boca em boca através de gerações antes que por fim fora escrita, aparecem duas pessoas com características Ninja, as quais serviam ao imperador ajudando a ter uma vitória decisiva. Essas técnicas tiveram um posterior desenvolvimento e expansão. ..._Possui os documentos antigos? ...


Soke: _Sim, e entre os que herdei de meu mestre estão vários que falam de alguns patriotas chineses que fugiram de sua terra natal, para buscar refúgio no Japão. Estes guerreiros, médicos, estudantes e monges, viajaram até as zonas desérticas próximas a Kyoto com a finalidade de encontrar uma nova vida. Devido sua condição de refugiados, tiveram que desenvolver uma série de aptidões, habilidades que os permitia viver sem ser vistos. Assim aprenderam estratégias militares, filosofia, folclore, conceitos culturais, práticas de medicina e uma visão ampla das coisas. Entre estes conhecimentos estavam incluídas as técnicas superiores dos sábios chineses e indus. ..._Como se estabeleceu o termo Ninja? ...


Soke: _A vida destas pessoas com suas auras de monges e místicos, fizeram com que os habitantes das cidades oprimidas solicitassem a eles ajuda, a princípio como médicos e protetores e depois como justiceiros. Assim nasceu o termo Ninja.


...Recopiados estes conhecimentos especiais pela população local, o treinamento Ninja se converteu em um adestramento especial muito refinado, que foi aperfeiçoado por umas setenta famílias das regiões de Iga e Koga, cada uma das quais tinha por sua vez seus próprios métodos defensivos. É fácil entender o porque esta arte é tão completa. ...


_Sim! pergunto; nos livros de história japonesa apenas se faz mencionar a figura do Ninja e sempre se associa a do Samurai. Qual é a explicação desta versão oficial? ...


Soke: _Penso que se deve a pretensão de glorificar o conceito do Samurai como guerreiro supremo e para isso havia de anular qualquer outro que poderia fazer sombra. Tanto é assim, que nos livros modernos se nomeia os Ninjas mais famosos como samurais, evitando assim reconhecer o papel tão importante que tiveram os Ninjas na formação do Japão moderno. Desta maneira é muito difícil que os japoneses atuais compreendam o autêntico significado do Ninja. ..._Não influenciaram também as exageradas lendas que hoje perduram? ...


Soke: _É possível que sim, já que em algumas delas os atribuem poderes sobrenaturais, tais como a habilidade para desaparecer, de caminhar sobre a água ou ler a mente, que confundem a história e alguns mais. A chegada desta arte ao resto do mundo tem contribuído a distorcer a história dos Ninjas, já que estes necessitam destes exageros para crer em algo novo. ...


_Está correta a palavra Ninja?


...Soke: _Para nós japoneses sim, mas traduzindo para o estrangeiro ficaria "soldado das sombras" é difícil. Inclusive o aspecto fonético também é distinto já que Nin _de Ninjutsu_ e Ninja são somente sons explosivos, que requerem varias palavras para explica-los.


Em seu nível mais elemental, Nin _que também significa Shinobu ou Shinobi_ , pode explicar como: resistência, perseverança e paciência, tanto no aspecto físico e mental.


Para a maioria das pessoas, Nin significa agente secreto ou oculto; deixamos este segundo termo como válido.

Historia do Kung Fu


História do Kung Fu

É um sistema de luta desenvolvida na china.Surgiu das observações dos animais. Porém, niguém sabe ao certo quando surgiu.Embora já tenha mais de 2.000 anos, a verdade nele continua novinha porque,vai se adaptando de tempos em tempos como uma arte tradicional.

A História do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar. Sendo assim, tentarei cortar muito dos mitos e apresentar um relato claro. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.

OS PRIMORDIOS

Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.
Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens.

O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer.

O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).

As dinastias Ch'in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta.

Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos 
Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi.


Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.

O seguinte grande desenvolvimento da História do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.

A LENDA DE BODIDHARMA


Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma.

Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).

Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.

Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.

Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente.


O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.

Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).

Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: "Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?"Bodhidharma replicou: "Nenhuma!" (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniuBodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.

Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.

Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.

É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).

O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch'i (energia interior).

Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch'i.

O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.

Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes:

Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.

Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.

Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance.

Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.

Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.

A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch'uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch'uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes.

O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.

A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch'uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch'i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.

O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.

O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.)
Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o 
Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).

Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.

Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.

Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t'ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera.

A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch'i (energia interior) do que condicionamento físico.

Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.

O NASCIMENTO DO WU SHU


Com o Kung Fu Shaolin firmemente plantado no solo da China, a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos.
Durante a dinastia Sung (960-1279 d.C.), houve um grande aparecimento da sociedade de Kung Fu, nem todas promovendo boas ações. Sociedades tais como os Dragões Negros ou as Tríades eram muito fechadas - quase como famílias. Seus objetivos iniciais não são claros, mas com o poder vem a corrupção, e muitas sociedades de Kung Fu voltaram-se para o crime. Não era raro encontrar um mestre de Kung Fu de uma determinada escola (kwoon) ou província vagando de vilarejo em vilarejo, testando sua habilidade. Muitas vezes havia duelos até a morte. Além de lutas mortais, havia muitas demonstrações públicas para atrair novos praticantes. De acordo com a crônica da capital de Kaifeng, estes "shows de rua" eram muito populares.

Na dinastia Ming (1368-1644 d.C.), o Kung Fu era conhecido historicamente como chi yung e a arte floresceu, especialmente no Sul da China. Os estilos de Shaolin do Sul concentravam-se no templo Shaolin, na província Fukien. Wang Lang da província de Shang-tung criou o famoso estilo Louva-a-Deus (Tang Lang), baseado nos movimentos do inseto de mesmo nome.

Os estilos da garça branca (pao-hoc) e do macaco (tsitsing pi qua) surgiram também. Talvez, o maior evento internacional durante este período tenha sido a introdução do Kung Fu no Japão. Ch'en Yuan-ping viajou ao Japão e introduziu o ch'in-na, uma forma de manipulação das juntas que acrescentou muito ao Jujutsu japonês. A maior documentação histórica desta era ocorreu quando Qi Jiguang, um conhecido general, compilou um livro tratando de 16 diferentes estilos de exercícios com as mãos desarmadas e umas 40 técnicas com lança e bastões de três partes. Ele criou também uma série completa de teorias e métodos de treinamento, dando assim grandes contribuições ao Kung Fu.

Quando os Manchus derrubaram a dinastia Ming em 1644, eles estabeleceram a dinastia Ch'ing, que caiu em 1911. O Kung Fu era chamado de pai ta, e 18 sistemas de armas para combate foram praticados. Sociedades secretas floresceram, especialmente a Sociedade da Lótus Branca, que era enfatizada no taoísmo. As sociedades da dinastia Ch'ing eram organizações que desejavam derrubar os Manchus ou afastar as influências européias ocidentasis de seu país.
Muitas sociedades ensinavam a seus membros que suas técnicas de Kung Fu os tornariam invencíveis, mesmo para balas de armas de fogo. Isto provocou a Rebelião dos Boxers (chamados "boxers" pelos estrangeiros, porque os chineses enfrantavam as balas desarmados).


Naturalmente, mãos desarmadas não enfrentam balas, e a rebelião foi esmagada. Isto trouxe desrespeito para a validade do Kung Fu. Durante esta era, os métodos de Kung Fu interior (nei-chia) começaram a se tornar populares.
A era comunista foi introduzida depois da queda dos Manchus. O Kung Fu agora passava a chamar-se wushu ou kwo su. Poderosos chefes guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu, desenvolvendo muito respeito à arte.

Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito tem sido feito desde então para promover o Kung Fu. Velhos métodos de luta voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados para combinar e restabelecer vários métodos antigos, e o Wushu nasceu.
Só no final da década de 1960 que o Kung Fu começou a ser ensinado para os ocidentais, e arte se torna cada vez mais popular em todo o mundo.

Os primeiro relatos sobre a arte marcial chinesa remontam da dinastia Xia, que data de 2100 A.C. Sendo a China composta de 56 etnias diferentes, é natural acreditar que várias técnicas marciais foram criadas para auxiliá-las na sua sobrevivência. Os confrontos entre os diversos grupos obrigavam aos guerreiros a se aprimorarem cada vez mais com intensos treinamentos e a idealização de várias técnicas diferentes, para que assim pudessem surpreender seus adversários.

Estes constantes confrontos, que se arrastaram durante toda a história da China, forçaram as artes marciais chinesas a evoluirem e se tornarem altamente eficientes. Para esta evolução também contribuíram outros fatores, tais como a incorporação da filosofia e da medicina às técnicas marciais, valorizando assim a conduta moral de seus praticantes e a preservação da saúde, tornando o Kung Fu não apenas uma técnica de luta e sim um caminho de vida.
A pergunta feita foi se o " Kung Fu Chinês " é um termo que foi inserido nos vocabulários Inglês e Chinês somente recentemente, porque tem que se começar uma discussão sobre kung fu chinês com história chinesa antiga. Porém, de fato o " kung fu chinês " de hoje inclui uma combinação das artes marciais, técnicas e treinamentos e vários métodos de manutenção da saúde praticado pelas pessoas chinesas de tempos antigos até o presente. É isso que o chinês normalmente se refere a " artes marciais nacionais".De acordo com estatísticas, há mais de 100 estilos diferentes de boxe chinês. O "Armamento " inclui nove tipos de armas longas e nove pequenas, como facas, lanças, espadas, e tacos que juntos constituem o que é chamado de " Dezoito Tipos de Artes Marciais ". Cada estilo de boxe e manejo de arma do " kung fu chinês " tem suas próprias seqüências especiais e movimentos baseados em profundas teorias e técnicas.

Em esportes como campo e trilha, esportes com bola, levantamento de peso e boxe, um atleta tem que se aposentar da atividade esportiva ao redor de seus 30 anos, devido a falhas no vigor físico. Ele freqüentemente deve ter sustentado danos que não eram de seu conhecimento o afetando sua saúde na meia-idade ou na velhice, por causa do abuso na juventude. No entanto, no kung fu chinês, é feita uma distinção entre o kung fu " externo " e o " interno ". É dito que no " kung fu externo " você exercita seus tendões, ossos e pele; no kung fu interno, você treina seu espírito, seu ch'i e sua mente. Além de treinar para ter um corpo forte e membros ágeis, há também um " treinamento interno " para ajustar corpo e mente, fortalecer órgãos internos e aumentar a circulação do ch'i da pessoa ou fluxo de energia vital. Progredindo de movimento a quietude, de dureza para suavidade, o mais velho que a pessoa fique, o mais adepto se torna em kung fu.

E quanto mais alto o nível alcançado em kung fu, melhor a pessoa está para manter a saúde boa e viver uma longa e ativa vida.
Assim como os caracteres chineses escritos, o " Kung Fu Chinês " pode ser pictográfico. No estilo Shaolin de kung fu, por exemplo, há estilos de boxe dragão, tigre, pantera, serpente, e guindaste.


O grande médico Hua To da Dinastia Oriental Han (25-220 D.C.) criou um estilo de artes marciais imitando interações entre um tigre, cervo, macaco, urso e pássaro. Tais estilos imitam as características especiais e as técnicas de ataque e defesa de diferentes animais e os incorpora em movimentos de boxe. Há também " pontuações " no boxe que, por exemplo, descreve o manejo de armas e equipamento. Estas pontuações, que empregam encantamentos com rima, ritmo e música, tornaram-se uma parte viva da moderna cultura na forma de arte de palco.
Há uma variedade infinita de estilos de " kung fu chinês ", mas eles podem ser grosseiramente divididos entre os estilos do norte e do sul, e os estilos internos e externos. Alguns dos estilos mais famosos inclui o Shaolin (do nome do templo em Honan onde foi desenvolvido), tai-chi-chuan (" boxe de grande limite "), Hsing-i (" formando uma idéia "), Oito Trigrams, Yung-ch'un (" canto de primavera "), Tantric, e Arhat.

O " kung fu chinês " é levado a sério tanto pelo governo como pelas pessoas da República da China. Artes marciais chinesas são um assunto exigido em toda classe de educação física.


A Universidade de Cultura Chinesa tem uma seção especial de artes marciais em seu departamento de educação física para treinar os professores e profissionais no campo.
Há numerosas organizações de artes marciais privadas, como a Associação de Artes Marciais da 
República da China.


Associações de artes marciais administradas por governos locais, como a do governo da província de Taiwan e dos governos dos municípios de Taipei e Kaohsiung, freqüentemente patrocinam atividades como seminários para os treinadores e árbitros, treinamentos para competições de artes marciais e competições de desempenho.
Internacionalmente, a Liga lnternacional de Artes Marciais Chinesas das quais a República da China é presidente, foi fundada em 1978.



Atualmente possui 23 países membros e áreas: os Estados Unidos, o Reino Unido, França, ltália, Alemanha, Suécia, Holanda, Grécia, Bélgica, Áustria, Austrália, Canadá, Coréia, Japão, Filipinas, Singapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Hong Kong, Arábia Saudita, Venezuela e Argentina. Muitos países estão formando seus próprios capítulos.


A cada dois anos, países membros se revezam para garantir uma competição de campeonato mundial em artes marciais chinesas.

DOMINGO, 18 DE ABRIL DE 2010

Golpes de Capoeira

Os golpes de capoeira podem ser divididos em golpes de linha e golpes rodados, entretanto também podem ser divididos em golpes traumatizantes e desequilibrantes. Lembrando que os nomes dos golpes podem se alterar de região para região. Um mesmo golpe pode ter outro nome em outro lugar, ou um mesmo nome pode significar um golpe em um lugar e outro golpe diferente em outro lugar/região.
Golpes Traumatizantes
Os golpes Traumatizantes são golpes ofensivos, golpes que podem causar danos ao adversário. Apesar de a maioria das vezes, em rodas ou treinamento o dano não é desejado, então o golpe fica apenas para incentivar a esquiva do adversário.
Armada: também conhecida por meia-lua de costas, a armada aplica-se estando em pé. Através de um movimento de rotação, um pé fica firme ao chão enquanto o outro sobe varrendo a horizontal atingindo o adversário com a parte externa do pé.


Arpão: 'Golpe no qual derruba o adversário como uma arpa.'* golpe aplicado com a mão fechada (soco) contra o nariz e/ou boca do oponente.


Chapa: também conhecida como chapa de chão. Coice aplicado com uma das pernas estando em posição de rolê (com as duas mãos e pés ao chão, com o corpo virado para o chão e as costas para cima).


Chibata: estando na posição de início ou término do aú, o aplicante bate com o pé que está no alto batendo com o peito do pé e girando para voltar à base de ginga.


Cotovelada: golpe com o cotovelo em qualquer parte do corpo do adversário.


Escorão: também conhecido como pisão, chapa, ou chapa de frente. Aplica-se em pé distendendo a perna de trás em movimento de coice acertando o adversário com a planta do pé. Este golpe pode visar empurrar (derrubando) o adversário o traumatizá-lo.


Esporão: também conhecido como chapa rodada ou chapa de costas. Aplica-se o escorão, porém a perna de trás passa por trás do aplicante em um movimento de giro semelhante à armada.


Forquilha: é a ação de introduzir um ou mais dedos nos olhos do adversário.
Escala de mão: golpe semelhante ao soco, aplica-se com a mão aberta e os dedos encolhidos utilizando a base da mão. Estando a palma da mão voltada para o adversário. Normalmente é aplicado contra a face do adversário.


Galopante: aplica-se uma mão em forma de concha contra o ouvido do adversário.


Gancho: estando em pé, a perna de traz sobe junto com um giro do tronco invertendo o lado do golpe fazendo com que o chute seja dado com o calcanhar ou a planta do pé no rosto do adversario


Martelo: estando em pé, a perna de trás sobe lateralmente, flexionada depois estende-se para atingir o adversário. Também pode ser aplicado com uma mão apoiando-se no chão, onde a mão que vai ao chão é a oposta à perna que aplica o golpe.


Meia-lua de compasso: também conhecida por rabo-de-arraia, sendo a meia-lua de compasso uma variação do golpe rabo-de-arraia que vem da Capoeira Angola. Ficando de lado, agacha-se sobre a perna da frente, estendendo a perna de trás. Faz-se um movimento de rotação varrendo a horizontal com a perna de trás esticada, apoiando-se na perna da frente, terminando em posição de ginga. O corpo do aplicante fica rente à perna da frente sobre a qual ele está agachado. O aplicante pode colocar as duas mãos ao chão para aumentar a sua segurança, ou apenas uma ou nenhuma mão.

Meia-lua de frente: estando com as pernas lado a lado, lança-se uma das mesmas estica varrendo a horizontal em um movimento de rotação fazendo a trajetória de uma meia-lua. Acerta-se o adversário com a parte interna do pé.


Ponteira: golpe que atinge o adversário com a perna de trás utilizando a parte debaixo dos dedos, na planta do pé, semelhante ao bicão/bicuda do futebol. Normalmente, mira-se a região abdominal do adversário.


Queixada: também conhecida como queixada de costas. Aplica-se em pé, estando em base de uma perna e estendendo a outra contra o oponente em forma de giro, de dentro para fora. A parte que atinge o adversário é a parte lateral externa do pé.


Rabo-de-arraia: golpe semelhante à meia-lua de compasso, porém no estilo da Capoeira Angola. Tecnicamente são o mesmo golpe, sendo um uma variação do outro.


Rabo-de-arraia (2): salto mortal para frente, onde um ou os dois pés visam atingir o adversário com o(s) calcanhar(es). Também podem ser aplicado apoiando as mãos no chão.


Vôo do morcego: dá um salto e estende-se uma ou as duas pernas visando atingir o adversário. Este golpe também é popularmente conhecido como “voadora”.


Golpes Desequilibrantes


Abertura: também conhecido como escala de pé. O aplicante coloca suas duas pernas entre as pernas do adversário e abre-as e puxa-as forçando a abertura excessiva das pernas do adversário desequilibrando-o.


Arrastão da negativa: estando em posição de negativa, coloca-se a perna estendida atrás de uma das pernas do adversário e aplica-se um puxão, visando derrubá-lo.
Banda: estando em pé, aplica-se uma rasteira com a perna semi-flexionada. Também conhecida popularmente como “pé-de-rodo”.


Banda de costas: também conhecida como banda trançada. Estando em pé, coloca-se uma das pernas atrás de uma das pernas do adversário, então puxa a perna podendo empurrar o adversário para frente com o corpo ou braço.


Bênção: estando em base de ginga, atinge-se o adversário com perna de trás, usando a planta dos pés. Assim, o aplicante empurra o adversário.
Boca de calça: puxam-se as duas pernas do adversário com as mãos, podendo ajudar com uma cabeçada.


Cabeçada: ato de empurrar o adversário com a cabeça. Também pode ser usado como golpe traumatizante, acertando com força o abdômen ou outra parte do corpo do adversário.


Crucifixo: ao receber um golpe de perna alta, o aplicante aproxima-se do adversário, colocando a perna do adversário sobre seu ombro. Assim, o aplicante levanta ainda mais a perna do adversário desequilibrando-o. Normalmente aplicado contra golpes giratórios altos como a armada ou contra o martelo.


Gancho: puxa a perna do adversário, por trás, usando a própria perna em forma de gancho. O aplicante pode estar em pé, ou apoiado em uma das mãos.


Rasteira de mão: puxa-se a perna de apoio do adversário quando este está aplicando um golpe (normalmente, golpe de giro alto) usando as mãos. Golpe utilizado em raríssimas oportunidades.


Rasteira: passa a perna rente ao chão em um movimento circular ou semicircular puxando a perna do adversário desequilibrando-o. Pode ser aplicada estando em pé ou abaixado.


Tesoura: envolve o adversário com as pernas e depois gira o corpo para desequilibrá-lo. A mesma pode ser aplicada no chão por trás ou pela frente. Também pode ser aplicada no alto, salta-se antes de aplicar a mesma, que também pode ser pela frente ou por trás.


Tombo da ladeira: golpe que visa derrubar o adversário quando ele aplica um golpe com salto ou faz acrobacias. Pode ser através de um escorão, puxão no pé etc.


Vingativa: aproxima-se rapidamente do adversário (normalmente logo após um golpe), coloca-se lado a lado com ele e com uma das pernas atrás servindo de apoio e aplica-se um empurrão com o cotovelo, costas, ou cabeça para trás. A perna que fica por trás do adversário é a que estiver lado a lado com a perna do oponente.

Muay Thai

O QUE É MUAY THAI?
Muay Thai ou Boxe Tailandês é uma arte marcial com mais de 1.000 anos de existência, que emprega técnicas de ataque com pés, mãos e braços De acordo com antigos escritos, as 8 armas básicas do Boxe Tailandês são os punhos, os cotovelos, os joelhos e os pés. Algumas modalidades de luta semelhantes, mas menos conhecidas também são praticadas em outros países asiáticos, como Birmânia, Laos e Camboja.
A história do Boxe Tailandês está ligada à migração, nos séculos XII e XIII da nossa época, das tribos Thai (cuja tradução é "Livres"), das Províncias de Jiangxi, Sichuan e Hubel, no sul da China, para região que hoje é a Tailândia.
A maioria dos autores concorda que Muay Thai teve sua origem no Kung Fu chinês; o que não o desmerece nem diminui sua fama no panorama das artes marciais. O Kung Fu chinês provém de uma cultura ancestral e tem seu registro histórico datado de 2674 antes de Cristo.
HISTORIA E ORIGENS
Durante o século XIII a migração das tribos Thai foi muito intensa, devido à perseguição dos mongóis que vinham do norte. Em virtude disso alguns estudiosos supõem que o Muay Thai tenham se originado do Boxe Chinês(Kung Fu), sofrendo, porém alterações significativas através do tempo. Segundo uma outra corrente, o Muay Thai surgiu durante os repetidos combates entre os Tailandeses e seus vizinhos da Birmânia, do Khmer e do Vietnã. Uma antiga lenda tailandesa conta a história de um lutador chamado Nhai-Khon-Don, que após ser capturado pelos birmaneses, conseguiu se libertar de 12 espadachins. Em homenagem a este homem se realizam anualmente torneios de Muay Thai. Segundo uma outra lenda do século XIV, o resultado da luta de dois boxeadores determinaria o nome daquele que subiria ao trono da Tailândia . Após a morte do velho Rei Sem Muang Ma, seus filhos Feng Kong e Yi Kumkam não conseguiram chegar a um consenso sobre qual dos dois assumiria o lugar do pai. Essa rixa quase se transformou em guerra civil.
Os representantes dos dois lados decidiram, então, que o futuro rei seria o lutador que se sagrasse campeão em uma luta de boxe. O vencedor , coroado rei, foi um lutador do acampamento de Yi Kumkam.
O registro mais antigo sobre Muay Thai é do ano de 1560 e descreve a luta entre o príncipe tailandês Naresuon e o herdeiro do trono birmanês.
A luta durou algumas horas e terminou com a morte do herdeiro do trono da Birmânia, o que fez com que o seu povo, após perder o seu líder, suspendesse o ataque aos tailandeses. Muay Thai teve o seu ponto alto durante o reinado de Pra-Chao-Sua (início do século XVIII), que também era mestre nesta arte marcial. Conta-se que o rei, chamado "O Tigre", tinha o hábito de sair secretamente do Palácio para participar de torneios de luta.
Para não ser reconhecido, usava uma máscara e, na grande maioria das vezes, vencia seus adversários. Nesta época, o Muay Thia fazia parte da preparação para a formação militar e ra ensinado em todas as escolas.
Antigamente não havia categorias (definidas de acordo com peso) e nem os rounds. As lutas eram muito violentas; os lutadores lutavam descalços e sobre as mãos usavam bandagens de cânhamo ou de tecido de algodão; a proteção do baixo ventre era feita com cascas de coco.
Eram permitidos todos os tipos de técnicas de ataque com as mãos, braços e pés, com pouquíssimas restrições.
Para fortalecer os punhos e os pés, o treinamento incluía, entre outros, bater em troncos de palmeiras, correr longas distâncias e exercícios dentro da água.
A alimentação dos lutadores era basicamente vegetariana.
Também era vegetariana a alimentação dos monges budistas de Shaolin, líderes na codificação do Kung Fu chinês.
As aplicações de algumas técnicas desta época se mantiveram inalteradas até os dias de hoje. Após a 2º Guerra Mundial, porém, o Muay Thai sofreu grandes mudanças, sobretudo no tocante às regras.
As mudanças fizeram com que esta antiga arte marcial se transformasse em uma modalidade esportiva de luta muito atraente, contando atualmente com um número de adeptos. Estas pessoas se dedicam ao Muay Thai para aprimorar a autodefesa ou, simplesmente, praticar um esporte. RAM MUAY Uma das características do Boxe Tailandês, que contribui para torná-lo mais atraente, é o acompanhamento musical(música ao fundo).
Uma outra particularidade é o ritual executado pelos lutadores antes do início do combate. Uma orquestra composta de tambores, címbalos e flautas de Java acompanha a luta ritmadamente. É importante que cada um dos músicos conheça bem o boxe Tailandês .
O ritual que antecede a luta(Ram Muay) é executado de acordo com as antigas tradições. Inicialmente, o boxeador cumprimenta o público, fazendo uma reverência e mantendo as mãos acima da cabeça. Os técnicos recebem saudação semelhante.
A seguir, serão executados movimentos lentos, semelhantes aos de uma dança que, em verdade, simbolizam os movimentos do Boxe Tailandês. Traduzido de maneira grosseira, Ram Muay significa "afugentar o medo do coração" e a principal finalidade desta apresentação é a de que o boxeador se concentre para a luta. Todo este ritual pode durar alguns minutos e aqueles que tiverem bons conhecimentos de Boxe Tailandês estarão aptos a reconhecer a que escola o boxeador pertence, após ve-lôs executar estes movimentos. Após cada um dos lutadores ter terminado seu ritual , se dirigem para cantos opostos do ringue , onde receberão as últimas instruções do treinador e do segundo. A seguir , esperam que soe o gongo.
Pouco antes do início da luta, os boxeadores retiram as testeiras (Mong-Kon) de suas cabeças, usadas durante o ritual e que fazem parte da vestimenta tradicional. TECNICAS BÁSICAS O Muay Thai é uma técnica de luta de contato muito eficiente em função de sua prática ser o mais próximo do combate real possível.
Durante os treinos o praticante não aprende só a dar golpes como também a recebê-los. O Muay Thai é uma técnica eficiente porque é dinâmica,durante sua prática a defesa de um golpe é um novo ataque ou uma defesa seguida de um ataque seguidamente. O praticante de Muay Thai visa o nocaute e não marcar pontos, os golpes são dados sequencialmente e não isolados.
Quando o Muay Thai se tornou uma forma esportiva de luta ele englobou técnicas de boxe ocidental(boxe inglês) a seu arsenal de técnicas devastadoras Eis algumas técnicas básicas. JAB,
DIREITO: Jab é um soco lançado
lançado com a mão da frente tendo como o alvo o queixo do oponente. O Direto é lançado com a mão de trás tendo como o alvo o queixo também.
CRUZADO: O Cruzado é um golpe que cruza a linha frontal da guarda do oponente. É executado a média distância. UPPER: O Upper é um golpe que executado de baixo para cima tendo como alvo o queixo do oponente. É executado a média distância.
COTOVELADAS: As cotoveladas são golpes impulsionados pelos quadris utilizando as pontas dos cotovelos como armas. Podem ser lançados de todas as direções possíveis.
CHUTE FRONTAL: O chute frontal é um golpe que tem por função parar o ataque de um adversário ou de preparação para um segundo golpe.
CHUTE CIRCULAR: Esta é a técnicas de chute mais usadas no Boxe Tailandês. Utiliza-se a canela para golpear o adversário com força. Este é chamado de o "rei de todos os chutes".
JOELHADAS: Nenhuma outra modalidade de luta asiática utiliza os joelhos com tanta eficiência como o Muay Thai. As joelhadas podem ser aplicadas em clinche ou não, em diferentes partes do corpo.
GUARDA: As mãos devem ficar mais ou menos na altura das sobrancelhas, fechadas ou semi-fechadas. Os cotovelos devem ficar quase encostados no corpo. As penas ficam ligeiramente flexionadas e o pés não devem nunca ficar na mesma direção, ou seja em linha reta. Os pés devem também ficar mais ou menos na largura dos ombros.
O queixo deve ficar quase encostado no peito, para ficar protegido. No Muay Thai, além de tapas, existiam outros tipos de chutes no Muay Thai, sendo que o Muay Thai era muito parecido com o Kung Fu. Após a adoção das regras internacionais, o Muay Thai aprimorou suas técnicas e por conseguinte os chutes também foram aprimorados.
Os membros inferiores e superiores, funcionam como armas para um boxeador de Muay Thai:
SOCOS E COTOVELADAS: Os socos do Muay Thai são iguais aos socos do Boxe tradicional, isto é, usa-se Jab, Direto, Gancho e Uppercut (ja citados acima porem esses com imagem diferente):
CHUTES E JOELHADAS: Muay Thai somente usa 3 tipos de chutes, o Chute Circular (round kick) (que pode ser na altura da cabeça até a coxa ou canela), o Chute Frontal (front kick) e o chute girando batendo com o calcanhar (spin back kick). Estes são os chutes mais usados. E pode se dizer que só se usam estes chutes: CALEJAMENTO Olha galera infelizmente não achei possível postar sobre calejamento, pois o mesmo é um assunto muito complexo. Calejamento para quem ainda não sabe é um treinamento que tem como objetivo o endurecimento da canela para melhor desempenho em chutes. Se alguém tiver alguma sugestão para postar aqui por favor me mande uma mp ou poste aqui no tópico. Obrigado
GRADUAÇÃO Com a expansão do Muay Thai pelo mundo, foi criado um sistema de graduações que tem como critério a evolução do praticante dentro desta arte marcial. A graduação simbolizada pelo Kruang é uma espécie de tarja colocada no braço do praticante(bíceps) com a respectiva cor de sua graduação. A troca de graduações é efetuada de acordo com a evolução do praticante em luta. Eis as Graduações:

Historia do Jiu-jitsu

Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.
A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.
Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família.Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.

História da CAPOEIRA

História da Capoeira Origem da palavra capoeira, cultura afro-brasileira, luta, funções sociais, como começou a capoeira, proibição, transformação em esporte nacional, os estilos

Raízes africanas
A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na Africa, faziam muitas danças ao som de músicas.
No Brasil
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getulio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. Três estilos da capoeira
A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

Elementos da Capoeira Angola


Já dizia o Mestre Pastinha, "Capoeira Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta." Mas atualmente a Capoeira é normalmente praticada como um esporte ou simplesmente folclore para perservar as tradições.


O Brasil a partir do século XVI foi palco de uma das maiores violências contra um povo. Mais de dois milhões de negros foram trazidos da África, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-açúcar. Tribos inteiras foram subjugadas e obrigadas a cruzar o oceano como animais em grandes galeotas chamadas de navios negreiros. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os portos finais da maior parte desse tráfico.Ao contrário do que muitos pensam, os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro; a história brasileira está cheia de episódios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situação em que se encontravam. Uma das formas dessa resistência foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso. Geralmente em pontos altos das matas. O maior desses quilombos estabeleceu-se em Pernambuco no século XVII, numa região conhecida como Palmares. Uma espécie de Estado africano foi formado. Distribuído em pequenas povoações chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no ápice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o berço das primeiras manifestações da Capoeira.Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecessem uma dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência.Do campo para a cidade a Capoeira ganhou a malícia dos escravos de 'ganho' e dos frequentadores da zona portuária. Na cidade de Salvador, capoeiristas organizados em bandos provocavam arruaças nas festas populares e reforçavam o caráter marginal da luta. Durante décadas a Capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da sua prática deu-se apenas na década de 30, quando uma variação da Capoeira (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente, Getúlio Vargas. De lá para cá a Capoeira Angola aperfeiçoou-se na Bahia mantendo fidelidade às tradições, graças principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha , que jogou Capoeira até os 79 anos, formando gerações de angoleiros .
Mestre Pastinha

Elementos da Capoeira Angola

Já dizia o Mestre Pastinha, "Capoeira Angola é, antes de tudo, luta e luta violenta." Mas atualmente a Capoeira é normalmente praticada como um esporte ou simplesmente folclore para perservar as tradições.

É claro que entre os praticantes sérios, em seus treinos, os golpes são apenas simulados e a Capoeira torna-se um exercício físico e mental. A violência dos seus golpes, no entanto, não deixa espaço para meio termo; ou joga-se Capoeira 'para valer', com as suas sérias consequências ou apenas simula-se um jogo. A possibilidade de enquadrá-la em regras esportivas é inexistente; quem assim o faz está sendo leviano ou não conhece de fato a Capoeira. Os Golpes A Capoeira Angola tem um número relativamente pequeno de golpes que podem, no entanto, atingir uma harmoniosa complexidade através de suas variações. Assim como a música tem apenas sete notas .Os seus principais golpes são: Cabeçada, Rasteira, Rabo de Arraia, Chapa de Frente, Chapa de Costas, Meia Lua e Cutilada de Mão. A MúsicaA Capoeira é a única modalidade de luta marcial que se faz acompanhada por instrumentos musicais. Isso deve-se basicamente às suas origens entre os escravos, que dessa forma disfarçavam a prática da luta numa espécie de dança, enganando os senhores de engenho e os capitães-do-mato. No início esse acompanhamento era feito apenas com palmas e toques de tambores. Posteriormente foi introduzido o Berimbau (foto), instrumento composto de uma haste tensionada por um arame, tendo por caixa de ressonância uma cabaça cortada. O som é obtido percutindo-se uma haste no arame; pode-se variar o som abafando-se o som da cabaça e (ou) encostando uma moeda de cobre no arame; complementa o instrumento o caxixi, uma cestinha de vime com sementes secas no seu interior.O Berimbau, um instrumento usado inicialmente por vendedores ambulantes para atrair fregueses, tornou-se instrumento símbolo da Capoeira, conduzindo o jogo com o seu timbre peculiar. Os ritmos são em compasso binário e os andamentos - lento, moderado e rápido são indicados pelos toques do Berimbau. Entre os mais conhecidos estão o São Bento Grande, o São Bento Pequeno (mais rápido), Angola, Santa Maria, o toque de Cavalaria (que servia para avisar a chegada da polícia), o Amazonas e o Iuna.Numa roda de angoleiros o conjunto rítmico completo é composto por: três berimbaus (um grave - Gunga; um médio e um agudo - Viola); dois pandeiros; um reco-reco; um agogô e um atabaque. A parte musical tem ainda ladainhas que são cantadas e repetidas em coro por todos na roda. Um bom capoeirista tem obrigação de saber tocar e cantar os temas da Capoeira. O Jogo "Capoeira é um diálogo de corpos, eu venço quando o meu parceiro não tem mais respostas para as minhas perguntas" - Mestre Moraes. O jogo da Capoeira na forma amistosa, ou seja, na roda é verdadeiramente um diálogo de corpos. Dois capoeiristas se benzem ao pé do Berimbau e iniciam um lento balé de perguntas e respostas corporais, até que um terceiro 'compre o jogo' e assim desenvolve-se sucessivamente até que todos entrem na roda. A Malícia Elemento básico da Capoeira Angola, a malícia ou mandinga a torna ainda mais perigosa. Essa malandragem que faz que vai e não vai, retira-se e volta rapidamente; essa ginga de corpo que engana o adversário, faz o diferencial da Capoeira em relação às outras artes marciais. Essa é uma característica que não se aprende apenas treinando. MestresVicente Ferreira Pastinha (1889-1982) - Mestre Pastinha, "mestre da Capoeira de Angola e da cordialidade baiana, ser de alta civilização, homem do povo com toda a sua picardia, é um dos seus ilustres, um de seus obás, de seus chefes. É o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem..." Jorge Amado. Baiano de Salvador, do Pelourinho, Pastinha foi o grande mestre da Capoeira Angola, aperfeiçoando a arte centenária dos escravos. Ele organizou uma escola, estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica. Foi com o Mestre Pastinha que foram instituidas as cores amarelo e preto para o uniforme dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agogô. "Capoeira é tudo o que a boca come", dizia ele na sua singular filosofia. Formou capoeiristas como João Grande, João Pequeno, Curió e tantos outros.
Antônio Carlos MoraesMestre CaiçaraUma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em agosto de 1997. João Pereira dos SantosMestre João PequenoAluno do Mestre Pastinha e um dos mais antigos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais angoleiros da nova geração. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira. Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio - Santo Antônio além do Carmo Salvador - Bahia
João Oliveira dos Santos Mestre João GrandePhd Honoris Causa. Um dos principais díscipulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York. De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.
Roda de Capoeira


QUARTA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2010

Morte por Anabolizante !!!

Edição de abril de 2010

Justiça ouve envolvidos em morte por anabolizantes
Frascos de anabolizantes e de comprimidos de Clembuterol, usado neste caso para acelerar o metabolismo e emagrecer, foram descobertos pela família no quarto do jovem, dias depois do sepultamento

Foram ouvidas ontem, durante audiência inicial na 1ª Vara do Tribunal do Juri do Fórum de Campo Grande, as primeiras testemunhas sobre a morte de Dario Dibo Nasser Lani, de 23 anos, ocorrida em 13 de abril do ano passado. Segundo inquérito policial, o rapaz morreu devido ao uso intensivo de anabolizantes.
O médico que atendeu o rapaz durante a primeira internação no hospital Miguel Couto confirmou em depoimento que Dario afirmou que havia ingerido altas doses de Clembuterol, medicamento de uso veterinário e de venda restrita.
Segundo o advogado da família de Dario, Ricardo Trad, “ficou caracterizado que o farmacêutico vendeu Clembuterol à Dario e que ele não tinha autorização para comercializar o produto. Está tudo caminhando para que o farmacêutico seja submetido a julgamento”.
O farmacêutico Delci de Oliveira também foi ouvido ontem, após ser indiciado por inquérito da Policia Civil. O nome da farmácia em que trabalhava e sua autorização para a manipulação constavam no medicamento.
Ele admitiu a venda, mas imaginava que o Clembuterol seria ministrado apenas em animais. A defesa alega que Delci não sabia que o produto manipulado seria para uso próprio de Dario Dibo.
Frascos de anabolizantes e de comprimidos de Clembuterol, usado neste caso para acelerar o metabolismo e emagrecer, foram descobertos pela família no quarto do jovem, dias depois do sepultamento.
Médicos já haviam avisado a família que o rapaz usava anabolizantes, mas nenhum problema evidente de saúde foi percebido antes da parada cardíaca fatal. Familiares pediram a abertura de inquérito para se chegar aos responsáveis pela venda dos produtos.

Respiração no Jiu-Jitsu

Respiração no Jiu-Jitsu, MMA e Submission
Para fins de treinamento, ter algum sistema ou método, independentemente de qual deles você escolher, poderá ajudar nos momentos cruciais antes, durante ou após os combates

Por Leandro Paiva Professor de Educação FísicaAutor do livro Pronto pra GuerraPágina:


Vários atletas de elite de Jiu-Jítsu e MMA recorrem, sabidamente, a diversos treinamentos para maximizar a respiração e potencializar seus recursos direcionando às situações adversas antes, durante e após os combates.
A respiração é um dos prazeres da vida ou pelo menos o reconhecimento de que ainda estamos vivos. Também é uma ferramenta muito poderosa para o lutador amador ou profissional. Sua utilização e controle tem longa história nas lutas e artes marciais. No livro Pronto Pra Guerra, em especial no capítulo de Preparação Psicológica, abordei diversos meios e métodos referentes à respiração, bem empregados nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate.
Na tradição do Budô, dentre as artes marciais japonesas, se considera que o "Kiai" (espécie de vocalização utilizada geralmente durante golpes traumáticos), aumenta a potência do indivíduo na execução de um golpe ou técnica. Dentre as artes marciais coreanas, similarmente, utiliza-se o "Kihap". Grande parte dos praticantes considera o "Kiai" apenas como uma mensagem que acompanha o movimento físico; contudo, enganam-se: é um recurso muito mais relevante e profundo.
Quando utilizado corretamente, conecta os elementos físicos e mentais de uma técnica, e serve tanto para ações defensivas como ofensivas. O significado do próprio termo denota um conceito de um sistema unificado ou integrado ("ai") espírito ou mente ("ki"). O controle da respiração é parte integrante de sua execução.
Não é incomum no MMA, Muay Thai e no Boxe, por exemplo, os atletas expirarem quando desferem socos ou chutes. Muitas vezes esses sons são captados até mesmo por transmissões televisivas, tamanho é o volume de vocalização da expiração de alguns atletas quando desferem os golpes.
Por incrível que pareça, essas vocalizações durante a expiração tem raízes longínquas nas lutas.
A preconização do "Kiai" é: enquanto expirar fortemente (exalando ar) se deve contrair fortemente os músculos abdominais e o diafragma.
Sugere-se que, defensivamente, a expiração previna de um nocaute e a contração muscular ajude a proteger órgãos internos. Como ataque ofensivo, pode assustar ou distrair por milésimos de segundos o adversário. Além disso, enquanto a musculatura da região central do corpo estiver contraída, será fortalecida a cadeia cinética, aumentando a potência do golpe. Assim, acompanhando o "Kiai" ou "Kihap" vem uma condição adicional de energia e fortalecimento físico e mental, e não somente mera vocalização durante um golpe.
Ah, outra vantagem simples, é claro, é que o indivíduo lembra de respirar. Isso por si já é uma ferramenta valiosa para o lutador. Quando um iniciante, por exemplo, realiza seu primeiro sparring, é comum prender a respiração e tensionar os músculos. É uma espécie de reação natural, mas pode se tornar mau hábito.
Os músculos precisam de oxigênio para funcionar corretamente. Uma contração muscular necessita, óbvio, de mais oxigênio. Seu corpo começa a maioria das atividades com o oxigênio do ar que você inala. Se você não estiver inalando, não estará fornecendo fonte constante de oxigênio para os músculos ou a outros órgãos vitais que necessitam dele como o cérebro e os olhos. Isso demanda maior utilização de oxigênio e, finalmente, faz com que o corpo e a mente não trabalhem tão bem como deveriam.
Prender a respiração por muito tempo também pode elevar a pressão arterial e causar vertigem.
E ainda, seus músculos "cansam" mais rapidamente. O resultado é que o indivíduo fica sem fôlego em curto período.
Comparando, como bom exemplo, vale salientar que as tropas de elite do exército e da polícia sabem da necessidade e utilidade das técnicas de respiração e as integram em sua formação. Se referem a elas como "respiração tática" ou "respiração de combate". São estratégias de respiração concebidas para serem aplicadas rapidamente, principalmente em situações de risco elevado.
Atleta de Jiu-Jítsu e MMA, Ricardo Arona tem opinião formada sobre o tema: "em situação mais complicada como um knock-down, melhor coisa a fazer é se fechar defensivamente e respirar bem para restabelecer o equilíbrio no combate." O fato é que você tem de saber respirar.
Recomendações Práticas:
1) Para relaxar, se restabelecer de situação complicada e/ou evitar desperdício de energia pelo fator emocional: inalar (inspirar) por quatro segundos, segurar (apnéia) por quatro segundos e expirar (exalar) por quatro segundos e, logo após, respirar normalmente. Esta técnica ajudará a manter a freqüência cardíaca sob controle (também reduz a ansiedade).
2) Durante situação extrema de um combate em que o atleta precisa de mais foco e concentração e/ou potência no golpe: No lugar de respirações longas e profundas, executar uma série regular de expirações (ou exalações) pela boca no momento de um impacto, seguida imediatamente por uma acentuada inspiração (ou inalação) pelo nariz. Há muitas maneiras de respirar "corretamente" e muitos usos para diferentes técnicas de respiração e exercícios. Nesta, a coisa mais importante é não prender a respiração, para ter um padrão regular de inalação (por intermédio do nariz) e expirar (pela boca).
Concluo afirmando que, para fins de treinamento, ter algum sistema ou método, independentemente de qual deles você escolher, poderá ajudar nos momentos cruciais antes, durante ou após os combates. Provavelmente um atleta de nível iniciante ou intermediário será beneficiado como os lutadores de elite ou superelite se, assim como eles, dominar tais técnicas. 

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